Uma criança dada como perdida acaba de ser encontrada por Keita,um voluntário da equipe de buscas. Talvez sua grande motivação seja o fato de que seu pequeno irmão, Hinata, desapareceu 13 anos atrás durante uma brincadeira de esconde-esconde em um prédio abandonado. Keita divide um apartamento com seu amigo Tsukasa que curiosamente possui percepção extrassensorial, incluindo a habilidade de ver pessoas mortas.
A rotina de suas vidas muda logo depois de assistirem uma fita VHS, enviada em uma caixa pela mãe de Keita. O material contido na fita foi gravado por Keita ainda criança, que carregava a pequena câmera de seu pai, enquanto brincava com Hinata no dia do seu desaparecimento. Nela podemos ver o último registro de Hinata, andando por um corredor de um prédio abandonado. A verdade é que Keita nunca encerrou seu luto, ao mesmo tempo em que se sente culpado. Ele precisa resolver esse mistério e por um fim nessa história. Paralelo a isso, surge uma jornalista que está disposta a investigar o desaparecimento de Hinata, na região montanhosa que acaba se revelando o palco de inúmeros outros desaparecimentos sem solução. Novos casos são cruzados e relatos do mesmo prédio abandonado são citados, mas nunca foi possível localizá-lo.
Essa busca que se torna obsessiva, principalmente para Keita, é pautada em um ritmo lento, onde o diretor procura desenvolver bem os personagens e suas relações, a medida em que vai criando uma atmosfera densa que mistura suspense, drama e terror. Não é um filme para quem procura muita ação ou jumpscares, mas o diretor é eficiente na narrativa, mesmo que leve tempo. As tomadas de cena são bem desenvolvidas, em uma fotografia com paletas neutras, sem cores contrastadas e valorizando sombras e também a textura, como nas imagens de vhs. São pequenos detalhes, respectivos a linguagem de cinema, e que fazem diferença no resultado final. Outra caracteristica que deve incomodar muita gente, é a abertura na conclusão da história, recurso muito comum em produções atuais. Apesar do terror comedido, Missing Child Videotape (2024) é um bom entretenimento com toques fantasmagóricos. Por esse motivo, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
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