Um filme bem subestimado, Hidden (2015) marca a estreia dos irmãos Matt Duffer e Ross Duffer (criadores de Stranger Things) na direção de um longa metragem. Já se passaram oito anos, porém, pensando que muitos não assistiram, esse é mais um exemplo de história onde devemos tomar cuidado para não estragar a experiência de ninguém.
Temos uma família onde o Pai Ray, sua esposa Claire e sua filha Zoe vivem reclusos em um abrigo subterrâneo. Só saberemos a causa dessa situação toda depois da metade do filme, mas logo fica claro que não é um incidente nuclear como de costume. O abrigo possui brechas para a área externa. Sabemos também que eles já estão confinados há 301 dias e que algumas coisas perigosas rondam lá fora. A família refere-se a eles como os respiradores. Naturalmente a pequena Zoe questiona seus pais sobre o tempo em que ainda ficarão escondidos. Ray mostra-se um pai muito amável e compreensivo, mostrando-se também muito esperançoso, enquanto Claire age mais com a razão, não parecendo contar com milagres, mas o fato é que são uma família extremamente unida. A história transita em seu decorrer com alguns flashbacks, construindo como e porque eles foram parar nesse abrigo.
Podemos dividir a trama em três partes, sendo a primeira e mais longa a responsável por construir todo o drama e suspense vivido pela família, desenvolvendo bem a personalidade de cada um. Na segunda parte a ameaça que existia em teoria dá espaço para algo bem real tornado-se cada vez mais próximo, até que na terceira e última parte o espectador leva aquele tapão na cara. O suspense aqui é muito bem construído, lembra um pouco a atmosfera de A Quiet Place (2018) e o ator Alexander Skarsgård mata a pau ao interpretar Ray que faz de tudo para manter sua família em segurança, lembrando-as a todo momento que não se deve perder o controle, não importa o que aconteça. Um belo terror psicológico que leva o expectador a algo maior. Tenha paciência, o final vale a pena. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
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