FILME - Carnival Of Souls / O Parque Macabro (1962)


 
Um carro com três garotas aguarda o semáforo abrir, até que outro veículo com dois rapazes encosta ao lado, desafiando-as para um racha. Elas aceitam e os carros arrancam pela estrada de uma zona rural do Kansas. Quando chegam em uma ponte, o carro das garotas perde o controle saindo pela lateral e afundando rapidamente em um rio. As autoridades chegam ao local, e depois de horas tentando recuperar o carro, já prestes a encerrarem as buscas, a jovem Mary Henry sai cambaleando da água, desorientada sem conseguir lembrar de como sobreviveu e por onde estava. Assim começa o independente Carnival Of Souls / O Parque Macabro (1962) do diretor Hark Harvey.


A história seguirá os desdobramentos na vida de Mary pelos dias seguintes. Na mesma semana do acidente, ela acaba se mudando para Salt Lake City, onde começará um trabalho como organista de uma igreja. Ela se apresenta ao padre e em seguida aluga um quarto na casa de uma senhora. Tudo parece correr bem mas a verdade é que Mary não é mais a mesma. Ela não se demonstra sociável, não tendo vontade de conhecer e nem estar junto de outras pessoas. O trabalho de organista é apenas um ganha pão, já que ela também não tem nenhum laço e nem interesse nas crenças e ensinamentos da igreja. Para piorar, outras coisas mais estranhas começam acontecer. Mary começa a ter visões de um sinistro homem de aspecto cadavérico a perseguindo, mas só ela o vê. Em outros momentos, de maneira repentina, ninguém ao seu redor parece escutá-la, é como se ela não estivesse presente. E por fim, Mary fica fascinada e começa a sentir uma estranha atração por um grande e sombrio pavilhão de eventos abandonado à beira de um grande lago.






Em certo momento as visões ganham outra proporção e Mary vê cadáveres dançando ou saindo de uma piscina. O diretor conseguiu reunir bons elementos para prender a atenção do espectador até o seu desfecho. Com pouco dinheiro de produção, ele aproveitou todo conhecimento ganho em seus filmes de publicidade, além de pegar várias referências dos trabalhos do diretor Ingmar Bergman. Temos uma excelente fotografia, onde conseguiu-se criar uma ambientação cheia de mistério que somada a trilha sonora, resulta no ambiente perturbador por onde transita a personagem Mary, muito bem protagonizada pela atriz Candace Hilligoss. O filme não foi valorizado em sua época, mas a partir dos anos 80 começou a ser cultuado, ganhando uma legião de fãs pelo mundo. Também passou a ser referência como material de estudo para técnicas de cinema. Seu roteiro é levemente baseado no curta-metragem francês An Occurrence at Owl Creek Bridge (1961). Um ótimo passatempo aos amantes de filme preto e branco e terror. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!



Rotten Tomatoes: 🍅87% Tomatometer / 🍿73%
Audience Score IMDb: 7,0

País: EUA
Direção: Herk Harvey
Roteiro:  John Clifford
Produção: Herk Harvey
Elenco: Candace Hilligoss, Frances Feist, Sidney Berger, Stan Levitt, Art Ellison, Herk Harvey, Tom McGinnis
Distribuidora: Harcourt Productions

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