FILME - No One Will Save You / Ninguém Vai Te Salvar (2023)
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É interessante como o diretor Brian Duffield nos apresenta a uma bela e tranquila cidade de interior onde vive nossa protagonista Brynn. Ela mora sozinha em uma casa no meio de uma área florestal, onde mantém uma rotina de trabalho confeccionando vestidos, para em seguida enviá-los para seus clientes pelo correio. Brynn também mantém um hobby, que consiste em uma coleção de dioramas de diferentes tipos de casas, formando uma vila. Aparentemente ela escreve cartas para uma amiga ausente, chamada Maud.
Toda essa atmosfera harmoniosa inicial, que inclusive é conduzida por uma trilha sonora alegre, será quebrada ao anoitecer quando Brynn se levantar da cama logo depois de escutar um barulho e perceber que há um invasor em sua casa. Para piorar ainda mais, o invasor não parece ser do nosso mundo, além de possuir estranhas habilidades, como a manipulação de objetos através de telecinesia. O diretor não se contém em No One Will Save You (2023) e em 15 minutos o espectador já é apresentado ao perigo maior que ronda a trama, sem enrolações. Curiosamente ele opta por apresentar uma história que praticamente não tem diálogos, pois Brynn não parece sequer ter a chance de falar algo a alguém, já que a cidade parece rejeitá-la por algum motivo que leva o seu tempo até ser revelado.
Por isso o título do filme já entrega a realidade de nossa protagonista, onde de fato, ninguém irá salvá-la. É ela por si só, na batalha pela sobrevivência, de maneira bem primitiva, conduzida simplesmente pelo instinto, e Brynn acaba se saindo bem na medida do possível, contando também com o acaso do destino, ou sorte se assim preferir. Mas é verdade também que ninguém poderia ajudá-la, mesmo que quisessem, pois fica claro através de vestígios que uma grande movimentação desses seres está em andamento. Destaque para a atriz Kaitlyn Dever, que interpreta Brynn com um ótimo trabalho de expressões faciais. O filme ainda nos leva a uma revisitação em memórias de produções consagradas que já abordaram o mesmo tema, como por exemplo Close Encounters Of The Third Kind (1977), Invasion of the Body Snatchers (1978), Signs (2002), War Of The Worlds (2005) entre outros. Em termos de enredo, talvez o final não agrade a todos, quebrando um pouco o clima estabelecido na maior parte do filme e se fosse para sermos chatos, os alienígenas funcionam muito bem no escuro e de relance, mas perdem um pouco a magia quando enquadrados em perfil. Mas de verdade isso não compromete a experiência. A magia está no suspense e ação por vezes assustadoras, conduzido de maneira dinâmica sem falas, ao mesmo tempo em que o espectador é levado a uma atmosfera já familiar. Sem dúvida um bom entretenimento para uma noite de final de semana. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
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