As irmãs Drew e May estão seguindo de carro rumo a uma trip de mergulho em uma praia cuja localidade é bem isolada. Logo fica claro que elas vivem distantes uma da outra. May que é a mais velha e de personalidade mais introspectiva, parece ter escolhido viver sozinha e longe, enquanto Drew, mais animada, mora com a mãe, e é a responsável por promover seus encontros com a irmã uma vez por ano em alguma viagem de aventura. Chegando ao seu destino, elas logo se equipam e mergulham rente a costa que apresenta um enorme paredão de pedra.
A aventura se torna um pesadelo quando ocorre um desabamento, fazendo com que May fique presa entre pedras, iniciando-se assim uma luta pela sobrevivência, onde elas são reféns do tempo. Drew tem a difícil tarefa de manter o suprimento de ar de May ao mesmo tempo em que deve arranjar um jeito de levantar a pedra que a prende. Tudo isso em um lugar remoto. O filme é uma mistura de drama e suspense claustrofóbico de sobrevivência cujo o único mérito talvez seja o clima de tensão criado, que acaba deixando o espectador curioso. Para sermos justos, as atrizes estão bem, e de certo modo nos apegamos a relação da irmãs, que tem questões a resolver, sofrendo a ruptura de relacionamento devido a uma perda próxima. O problema é o roteiro, que sofre para segurar o filme em um longa. É o típico caso da história que ficaria melhor em um curta-metragem, pelo menos aqui.
The Dive (2023) é um remake de Breaking Surface (2020), que ao contrário funcionou de maneira muito assertiva, apresentando o drama de maneira mais visceral e se preenchendo com mais elementos que ajudaram no desenvolvimento da história. Em The Dive faltam esses elementos que sustentem a trama, se limitando apenas a ação de suspense. Essa tensão funciona, mas também não apresenta nada que o espectador já não tenha visto em outros filmes de sobrevivência. O fator “azar” brinca de maneira abusiva com os gatilhos da turma da claustrofobia. Não chega a ser uma decepção e filmes de sobrevivência geralmente agradam o público, mas talvez seja melhor esperar sair em streaming do que ir ao cinema. A locação é muito bonita mas não possui aquelas imagens muito bem produzidas que sejam um diferencial para apreciar na telona. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO DEIXA POR SUA CONTA E RISCO!
Rotten Tomatoes: 🍅64% Tomatometer / 🍿46% Audience Score
IMDb: 5,6
País: Alemanha
Direção: Maximilian Erlenwein
Roteiro: Maximilian Erlenwein, Joachim Hedén
Produção: Jonas Katzenstein, Maximilian Leo
Elenco: Louisa Krause, Sophie Lowe
Distribuidora: RLJE Films
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