Stan Lee baseou-se diretamente nos clássicos O Médico e o Monstro de Robert Louis Stevenson e Frankenstein de Mary Shelley para criar o Incrível Hulk em 1962 que passou por inúmeras transformações que adicionaram ou excluíram características a sua personalidade e isso se deve aos vários escritores e seus respectivos contextos de época pelo qual foi submetido o destino do nosso gigante.
Lembrando, o cientista Bruce Banner foi bombardeado por raios gama na explosão de uma bomba e a consequência disso é a sua eventual transformação no monstro Hulk.
Aqui o Hulk tem múltiplas personalidades, mais do que conhecíamos, algumas que já tinham se manifestado fisicamente, outras não.
Essa história é fascinante por diferentes motivos, são muitas camadas dissecadas, em grande parte Bruce e Hulk são retratados através do ponto de vista das outras pessoas, deixando tudo mais interessante. Com vários traumas de infância, culpa pelas consequências das ações do Hulk, somando mortes e destruição, o relacionamento com seu grande amor Betty Ross e a real presença do fantasma do pai abusivo. Violento com muito sangue, tiro na cabeça, corpos desmembrados, bem “terror gore”.
O roteiro é bem desenvolvido e enriquecido com uma bela arte. Foi escrita por Al Ewing, com ilustrações do brasileiro Joe Bennett e arte-final do também brasileiro Ruy José e as capas são do Alex Ross.
Um Hulk monstruoso nunca mostrado, com elementos Lovecraft. Por tantos detalhes enriquecedores e de atmosfera obscura, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
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