Estamos em uma boa época para franquias dos anos 80 voltarem a respirar, e o lançamento de Terminator Zero/Exterminador do Futuro Zero (2024) deixa isso bem claro, trazendo uma trama bem fundamentada para o cânone. Como sempre, aqui a história também se divide retratando momentos diversos na linha do tempo, mas a maior parte é ambientada em 1997.
Esse foi o ano que a Skynet ficou online, mais precisamente no dia 4 de agosto, onde posteriormente no dia 29 de agosto (conhecido como dia do julgamento final), ela acabou ganhando consciência e se rebelando contra os humanos, lançando mísseis atômicos por todo o mundo. Lembrando, a Skynet é uma rede avançada de sistemas de computadores voltado para a defesa e criado pela empresa americana Cyberdyne. Aqui em Terminator Zero, somos levados para Tóquio no Japão, e a história gira em torno da família do cientista chamado Malcolm Lee. Seu trabalho é todo voltado para sua criação, uma IA que leva o nome de Kokoro, cuja finalidade é, vejam só, proteger a humanidade dos ataques que a Skynet promoverá. Ao que parece, Malcolm tem visões muito precisas sobre o futuro da humanidade como alvo de extermínio pela Skynet, fazendo com que ele viva obcecado pelo trabalho, em uma corrida contra o tempo buscando uma solução.
Devido a todo esse comprometimento, Malcolm acaba negligenciando a relação com seus três filhos, que sentem muito a falta do pai e vivem sob os cuidados de Misaki, a babá. Logicamente, a criação de Kokoro gera desdobramentos no futuro, já que ela é uma ameaça a Skynet, resultando na chegada de um Exterminador vindo de 2022 para matar Malcolm. Desse mesmo futuro, a resistência humana também toma suas precauções e envia Eiko, uma eficiente guerreira cuja missão é impedir a ativação de Kokoro, mesmo que ela tenha que matar o Malcolm. Quando Eiko percebe que seu objetivo é praticamente o mesma do Exterminador, ela começa a se questionar e duvidar sobre sua missão. No decorrer da história, surgirão algumas surpresas, cujas revelações colocarão em jogo a real eficiência de se mudar o passado em detrimento do futuro. O roteiro é muito bem escrito, apresentando tudo que se espera dentro da mitologia, com bastante ação e violência, e que também evoca questões existenciais, abordadas de maneira bem eficiente, com detalhes bem amarrados. Os episódios são curtos e dinâmicos, com uma média de 28 minutos. É um ótimo entretenimento, fácil de assistir em uma tacada só, além de ser uma boa chance para aquele fã adulto que ainda tem preconceito com animações, mudar de opinião. Essa produção é muito bem-vinda, já que a franquia nos últimos anos vinha sofrendo com filmes de qualidade duvidosa. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
Rotten Tomatoes: 🍅96% Tomatometer / 🍿81% Audience Score IMDb: 7,0
País: EUA, Japão
Direção: Masashi Kudō
Roteiro: Mattson Tomlin
Produção: Mattson Tomlin, Rui Kuroki, David Ellison, Dana Goldberg, Don Granger
Número de Episódios: 8
Elenco: Yûya Uchida, Hiro Shimono, Hiro Shimono, Saori Hayami, Toa Yukinari, Atsumi Tanezaki, André Holland, Armani Jackson, Sumalee Montano, Sonoya Mizuno, Rosario Dawson, Miyuki Satô, Carter Rockwood, Gideon Adlon, Tom Bromhead, Timothy Olyphant
Distribuidora: Netflix
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