Um do filmes que chamou a nossa atenção pelo trailer foi Trap/Armadilha (2024), pois a premissa é muito interessante. Josh Hartnett interpreta o bombeiro Cooper Adams, e que no momento está levando sua empolgada filha Riley ao show de sua cantora pop preferida, Lady Raven. Tudo parece dentro da normalidade até que chegam ao local do show e Cooper percebe uma movimentação estranha da polícia, com um grande efetivo de oficiais se espalhando e cercando todos os lados. Essa mobilização acontece tanto na área externa quanto na interna.
Já no intervalo do show, enquanto compram artigos da artista, Cooper descobre que uma grande força tarefa do FBI com a policia está em andamento para capturar o famoso criminoso conhecido como “O Açougueiro”. No caso, não é segredo nenhum e tanto pelo trailer, material promocional e o início do filme já deixam claro que Cooper é o famoso assassino procurado. Um detalhe que torna a situação de Cooper ainda pior é o fato de que a operação toda é comandada por uma habilidosa e implacável agente especializada em traçar perfis de criminosos. A trama se desenvolve justamente em torno de Cooper cada vez mais apreensivo enquanto busca uma maneira de escapar das autoridades, ao mesmo tempo em que deve mostrar naturalidade cuidando de Riley. Aliás, o grande destaque desse filme é a atuação de Josh Hartnett, que entrega um personagem carismático, ardiloso e convencido. Demonstrando várias facetas, ele é um super pai, orgulhoso e feliz por estar curtindo o momento com sua filha, ao mesmo tempo em que possui a frieza de conferir imagens ao vivo através de seu celular, do garoto que ele raptou e que é mantido no porão de algum lugar.
É hilária a maneira como o ator trabalha suas expressões, transformando o semblante de um cara simpático para um repentino olhar psicótico, como se estivesse a ponto de cortar alguém com o cutelo. Devido ao contido espaço de ação da história, que é a arena do show, o diretor M. Night Shyamalan teve que preencher o tempo com cenas um tanto quanto desnecessárias. É a famosa encheção de linguiça, como no caso de cenas repetidas de pai e filha assistindo o show em diferentes momentos, com muita ênfase nas músicas. Mas claro, vamos levar em conta que a cantora é interpretada por Saleka Shyamalan, a filha do diretor. A questão do nepotismo entrou aqui em nosso debate e dividiu nossas opiniões, mas concordamos que a atuação de Saleka deixa a desejar. Outro ponto referente ao diretor, comum em alguns de seus filmes é uma resolução nem sempre bem acertada. Pouco antes de seu desfecho, a trama segue por um caminho meio abrupto e esculhambado, mas que não compromete a experiência do filme. Não espere cenas de violência, ele é um suspense psicológico muito bem conduzido pelo trabalho de Hartnett, que vale a pena. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
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