FILME - Demonic / Na Mente do Demônio (2021)


 

A direção e o roteiro de Demonic / Na Mente do Demônio (2021) é creditada a Neill Blomkamp, mas sinceramente não encontramos nenhum vestígio de seu trabalho, a não ser pela presença da tecnologia, um tema recorrente em seus enredos. Na história, quando Carly ainda era uma jovem, sua mãe Angela assassinou deliberadamente dezenas de pessoas, sendo a maior parte em uma casa de repouso onde causou um incêndio e em uma igreja local, envenenando seus membros. Depois de presa, ela nunca mais quis saber de sua mãe.



Daquela época, a única relação que Carly mantém, é com sua melhor amiga Sam. Carly também se afastou de seu antigo namorado, Martin, por ter criado estranhas teorias acreditando na inocência de sua mãe. Acontece que depois de todos esses anos, ele reaparece trazendo noticias sobre Angela. Carly descobre que sua mãe está em coma e que ela faz parte de um experimento em um programa onde é possível entrar de forma virtual na mente do paciente. Após conhecer o projeto, Carly é convencida pelos médicos a entrar na mente de Angela. Através de algumas sessões, ela vai descobrir indícios que comprovam que sua mãe não é a assassina que todos condenaram e que a estrutura médica por trás do experimento esconde algo muito maior por trás de sua fachada.






A investigação nas memórias de Angela, mostram sinais da presença maligna de uma antiga entidade, possuidora de corpos. Esse filme traz a difícil missão de juntar terror e ficção científica. Nesse caso aqui é preciso muita habilidade para não anular os gêneros e o terror não funciona de maneira nenhuma. A trama não é bem construída, a mitologia sugerida não se sustenta, os acontecimentos e argumentos são rasos e aleatórios, assim como a entidade maligna é muito mal produzida. Não existe o perigo iminente em nenhum momento da história. O filme parece querer beber de elementos de The Cell / A Cela (2000) e Priest / Padre (2011) mas não chega a lugar algum. Existe uma grande organização de padres combatentes, atuando nas sombras, mas que não faz o menor sentido e tão pouco é aproveitada. A ficção científica tem mais espaço, mas também não apresenta uma parte gráfica satisfatória. Os efeitos parecem de pelo menos 20 anos atrás. No que diz respeito a ambiência, Terror em Silent Hill / Silent Hill (2006) poderia ter sido uma referência, mas ao invés do tom sombrio, a realidade virtual é composta de cores saturadas com muita iluminação, tirando uma cena de corredor escuro, prejudicada nesse caso com o pobre figurino do vilão. A realidade é virtual mas o monstro é um cara vestindo uma roupa. Ainda não sabemos se a razão de tanta precariedade pode ter sido o período de pandemia, mas referente aos trabalhos de Neill Blomkamp, foi um orçamento muito modesto comparado a seus sucessos District 9 / Distrito 9 (2009) e Chappie (2015). De alguma forma, talvez pela curiosidade, o filme nos manteve até o final, mas ele é bem monótono. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO DEIXA POR SUA CONTA E RISCO!







Rotten Tomatoes: 🍅13%Tomatometer / 🍿19%
Audience Score IMDb: 4,3

País: EUA, Canadá
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Neill Blomkamp
Produção: Neill Blomkamp, Mike Blomkamp, Stuart Ford, Linda McDonough
Elenco: Carly Pope, Chris Martin, Michael J. Rogers, Nathalie Boltt, Kandyse McClure, Terry Chen, Andrea Agur
Distribuidora: IFC Midnight

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