Fica claro que a presença de Vampiros já está bem estabelecida no mundo de Vampires / Vampiros de John Carpenter (1998), mas um grupo de caçadores financiados pelo Vaticano, segue buscando “ninhadas” e seus mestres, exterminando-os um por um. O grupo é liderado pelo casca grossa Jack Crow, cujos pais foram assassinados por vampiros quando era criança. Jack acabou sendo criado dentro da Igreja Católica, e treinado para ser um mestre matador. Eles seguem a dura rotina investigando casas abandonadas até que depois de uma caçada bem sucedida resultando em vários vampiros queimados, eles passam a noite festejando em um motel de estrada com várias garotas, bebidas e drogas. Podendo perder a vida a qualquer momento, esses caçadores extravasam sempre que podem.
O fato é que durante a caçada eles não encontraram o mestre vampiro, e esse resolve surpreendê-los durante a festa, promovendo uma verdadeira carnificina, onde só se salvam Jack, seu parceiro Montoya e Katrina, uma prostituta local que foi mordida. Jack pretende se aproveitar do ele psíquico entre elo e o mestre para assim voltar a encontrá-lo. Uma lenda antiga diz respeito a um vampiro que busca o poder para andar tanto pela noite quanto pelo dia, e talvez esse seja ele. Seu nome é Valek, um padre que renunciou a deus e se rendeu as forças do mal. A trama tratará desse embate entre o lorde das trevas e o incansável e determinado Jack. Esse filme fez uma ótima bilheteria na sua época de lançamento, mas sejamos sinceros, é o trabalho mais fraco de John Carpenter.
Aliás temos aqui boas e más considerações. Comecemos pelas más, como por exemplo roteiro não ter profundidade, e estar recheadíssimo de clichês da década anterior. Várias sequências não possuem nenhum diálogo e acabam sendo preenchidas com cenas de movimento e ambientação cujo tempo de tela nem fazem diferença para a história que está sendo contada. Interpretado por James Woods, o personagem Jack Crow lá de 1998 destoa bastante do mundo de hoje, já que ele é um homem sexista e homofóbico, fazendo piadas da quinta série sem parar com um padre novato. Mas então porque recomendamos um filme tão preso a seus contextos de época? Ora, é o John Carpenter, precisamos passar pela filmografia inteira, mas também temos as boas considerações. O filme é galhofa pura, mas arrecadou uma boa grana internacionalmente, e até hoje é o último sucesso financeiro do diretor. A história é repleta de ação e violência, muito no tom do que vimos em From Dusk Till Dawn / Um Drink no Inferno (1996), então o espectador já estava embalado nesse tipo de cenário. Carpenter optou por desenvolver os vampiros em uma perspectiva mais selvagem e não com a roupagem gótica que predominou nos anos 90. A tradicional trilha sonora de sintetizadores sempre presente em seus filmes é destaque. É nítido como os atores se divertiram nessa aventura de terror, afinal de contas, o terror também diverte. O filme é um grande videoclipe, então é só assistir. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
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