Nada de castelos, de cruzes, de padres, de estacas e nem de caçadores. A abordagem referente a vampiros aqui em Near Dark / Quando Chega a Escuridão (1987) é bem original. Com uma atmosfera composta de características que remetem a um “faroeste urbano”, a história diz respeito ao jovem cowboy Caleb Colton, que vive em uma cidade pequena e claramente se vê frustrado, ansioso para ir embora. Em uma noite ele acaba cruzando e se apaixonando por uma garota chamada Mae.
Esse grupo de vampiros contradiz a tradição vampiresca, não sendo muito espertos, não acumularam conhecimento e tão pouco fizeram fortuna. Praticamente não querem saber de nada a não ser vagar por aí e cometer crimes. Parece até um contexto furado no que diz respeito a vampiros mas ele faz todo o sentido para a mitologia dessa história. A relação estabelecida dos vampiros com o sangue é que ele é abordado como se fosse uma droga, e é por isso que eles vivem e se parecem com um grupo de junkies arruaceiros. A única regra da mitologia regular que se faz valer aqui é o poder do sol sobre os vampiros, sendo algo que temem muito. Eles queimam até explodirem. A performance do icônico ator Lance Henriksen, interpretando o líder do grupo de vampiros Jesse Hooker, e o ator Bill Paxton, no papel do alucinado e imprevisível Severen, são os grandes destaques. A dinâmica entre esses personagens intensifica a tensão e o suspense presente. Esse filme de produção independente foi muito subestimado em sua época, diferente de The Lost Boys / Os Garotos Perdidos, um marco pop vampiresco também de 1987 com uma grande dose de comédia e ação e produzido pela Warner Bros. Como muitos filmes ignorados, Near Dark ganhou reconhecimento posterior e recebe elogios até hoje por trazer uma nova perspectiva sobre o gênero, além de uma direção habilidosa. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
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