FILME - Island of Lost Souls / A Ilha das Almas Selvagens (1932)


O jovem náufrago Edward é resgatado inconsciente por um cargueiro. Ele recebe os cuidados do Sr. Montgomery, que parece já ter sido médico. Assim que Edward desperta, uma mensagem é enviada por rádio, destinada a acalmar sua noiva Ruth que o aguarda na cidade de Apia. Porém, o destino de Edward é interrompido mais uma vez, agora devido a um desentendimento com o capitão do navio, cuja carga é repleta de animais selvagens, a serem entregues em uma pequena ilha particular junto com o Sr. Montgomery. Edward é expulso do navio, e acaba virando um hóspede do excêntrico Dr. Moreau, a quem Montgomery responde.


Aos poucos Edward percebe que com exceção de Moreau e Montgomery, toda a população da ilha mostra certas deformidades em suas aparências,  com traços meio bestiais. Edward só vai ficar a par do que realmente acontece, depois de conhecer Lota, a mulher pantera. Os moradores da ilha são todos meio humanos meio animais, resultado dos experimentos do Dr. Moreau, que age em função do próprio ego como se fosse Deus. Agora o objetivo de Moreau que não tem limites, é que Lota engravide de Edward, que praticamente está preso, sem nenhuma embarcação para sair da isolada ilha, cujos habitantes apresentam certo grau de selvageria. Eles são liderados por uma espécie de regente da lei, cujos dizeres, os lembram de como agir com civilidade.





Ainda assim, eles são mantidos pelo peso do chicote e pelas ordens do sádico Moreau, que não esconde a satisfação em fazê-lo. Para por em prática não só suas experiências, mas também castigá-los, Moreau, que é o verdadeiro monstro aqui, possui um lugar especial conhecido como casa da dor. Vale lembrar que em paralelo a toda essa situação, Ruth toma providências para partir em busca de Edward que acabou não retornando. O lançamento de Island of Lost Souls (1932), dirigido por Erle C. Kenton, teve várias negativas referentes a certificados de entidades regulamentadoras, já que seu conteúdo parecia ser muito ofensivo para a época. Temas como o cruzamento entre humanos e animais em laboratório, dissecação de corpos e a sexualização de uma fera-mulher fez com que o filme fosse proibido em vários países, só vindo a ser exibido e reconhecido a partir de 1958. O filme é baseado no romance The Island of Doctor Moreau (1896) do prolífico escritor H. G. Wells, que não ficou satisfeito com a adaptação, achando que faltou sutileza, porém elogiou muito a atuação de Charles Laughton como Dr. Moreau, que realmente é brilhante. Já falamos de Charles Laughton antes e vamos reforçar que ele é um diferencial de sua época. Ele praticamente carrega o filme sozinho. Temos a presença de Bela Lugosi no papel do regente da lei, mas convenhamos que ele é mais “presença” do que ator, chegando a ser um absurdo a distância entre a qualidade da performance dele com Laughton. O filme contribuiu como base de ideias para inúmeras produções de terror e ficção científica de cinema e tv. Duas adaptações sem o mesmo sucesso foram produzidas, The Island of Dr. Moreau (1977) e The Island of Dr. Moreau (1999). Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!


Rotten Tomatoes: 🍅88% Tomatometer / 🍿82% Audience Score 
IMDb: 7,4

País: EUA
Direção: Erle C. Kenton
Roteiro:  Waldemar Young, Philip Wylie
Produção: Paramount Pictures
Elenco: Charles Laughton, Bela Lugosi, Richard Arlen, Leila Hyams, Kathleen Burke, Arthur Hohl, Stanley Fields, Paul Hurst, Hans Steinke, Tetsu Komai, George Irving
Distribuidora:  Paramount Productions

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