FILME - Dracula / Drácula (1931)


Todo mundo já conhece o enredo desse icônico personagem, que chega aqui nesse filme como a sua primeira adaptação com som para o cinema. Em Drácula (1931) temos algumas pequenas mudanças referente ao livro Drácula de Bram Stoker (1897). A história começa com Renfield, um advogado recém chegado ao território da Transilvânia, seguindo rumo ao castelo do misterioso Conde Drácula, mesmo com os moradores locais o alertando sobre os perigos e lendas da região. Renfield é recebido pelo próprio Drácula, e logo depois de tratarem dos negócios referentes ao aluguel de uma propriedade na Inglaterra, acaba caindo em suas graças, vindo a se tornar não só mais uma vítima do vampiro, mas um servo fiel a seu mestre.



Renfield embarca de volta à Inglaterra com Drácula dentro de uma das caixas levadas como carga, a bordo de um navio fretado, o Vesta. Vale lembrar que para Drácula repousar e recarregar suas forças, é necessário que ele durma em solo nativo. Por esse motivo várias caixas são carregadas de terra da própria Transilvânia. O navio acaba enfrentando uma forte tempestade, ao mesmo tempo que sua tripulação é toda morta pelo vampiro. Ao chegar na Inglaterra, Renfield, o único sobrevivente, é tido como louco e acaba sendo internado, já que só pensa em comer insetos vivos. A partir daqui, Drácula se mistura à sociedade londrina e acaba conhecendo sua futura e principal vítima, Mina Seward. Para executar seu plano, Drácula terá que passar pelo noivo de Mina, John Harker e também pelo perspicaz professor Van Helsing. Esse filme fez um grande sucesso e foi a maior bilheteria de 1931, abrindo as portas para aqueles que se tornaram os monstros clássicos da Universal Studios, como Frankenstein (1931), The Mummy (1932), The Invisible Man (1933), Bride of Frankenstein (1935) e The Wolf Man (1941). O ator Bela Lugosi, que já interpretava Drácula na Broadway, não era a primeira opção da direção, e no final acabou consolidando a imagem clássica do mestre dos vampiros. Diferente do livro de Bram Stoker e do filme Nosferatu (1922), onde o vampiro era de aparência repulsiva, Bela Lugosi entregou um personagem charmoso e elegante, tornando-se uma referência a produções futuras e a sua respectiva mitologia de modo geral.





 Destaque para a direção de Tod Browning, sobre o qual já falamos sobre seu trabalho no famoso filme dado como perdido London After Midnight (1927), cuja história curiosamente ele revisitou em Mark Of the Vampire (1935), com Bela Lugosi como protagonista. Característico de muitos filmes em preto e branco, a fotografia aqui, destaca-se com belos contrastes enriquecidos pelas locações e cenografia. Com um roteiro bem estruturado, os atores seguem em boas interpretações, com alguns closes pausados, ressaltando expressões dramáticas. O filme teve algumas sequências com outros atores, como Dracula's Daughter (1936), Son of Dracula (1943), House of Frankenstein (1944), House of Dracula (1945), e enfim o retorno de Bela Lugosi em Abbott and Costello Meet Frankenstein (1948). Bela Lugosi nunca mais conseguiu se dissociar do personagem, e se tornou um ícone da cultura pop. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!



Rotten Tomatoes: 🍅94% Tomatometer / 🍿82% Audience Score IMDb: 7,4

País: EUA
Direção: Tod Browning
Roteiro: John L. Balderston, Garrett Fort, Dudley Murphy, Bram Stoker
Produção: Tod Browning, Carl Laemmle Jr.
Elenco: Bela Lugosi, Edward Van Sloan, Dwight Frye, David Manners, Herbert Bunston, Frances Dade, Helen Chandler, Charles K. Gerrard
Distribuidora: Universal Pictures

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