Ana Lily Amirpour é uma diretora, roteirista, produtora e atriz nascida em 26 de novembro de 1980 em Margate, na Inglaterra. Filha de iranianos, mudou-se para os Estados Unidos ainda jovem, onde cursou o ensino médio. Foi nos EUA que seu interesse por cinema surgiu. Ana conta que o choque cultural ao chegar na América foi grande e através dos filmes, da cultura pop e da música que assimilou e se tornou americana. Com 12 anos seu pai ganhou uma filmadora e ela começou a fazer filmes e a refazer comerciais que assistia. Seu primeiro filme, nessa idade, foi de terror e contou com a participação de convidados de uma festa de pijama. Ao se formar na escola, ela foi cursar biologia na UC Santa Barbara, mas desistiu após um ano. Tempos depois, estudou pintura e escultura na San Francisco State University, onde se graduou. E ainda depois, estudou roteiro na Escola de Teatro, Cinema e Televisão da UCLA. Nesse período também manteve uma banda de indie rock em que era vocalista. Ana Lily iniciou sua carreira com curta metragens que foram exibidos em vários festivais mundiais e ganharam alguns prêmios. Sua estreia nos longa metragens foi em 2014 com A Girl Walks Home At Night, que era um curta seu e já havia sido premiado em 2012 como "Melhor Curta" no Noor Iranian Film Festival. Lançado no Festival de Sundance do mesmo ano, o filme descrito como o primeiro spaghetti vampírico iraniano, chamou a atenção dos críticos e ganhou o Prêmio Revelações no Festival de Cinema de Deauville de 2014.
Na mesma época, uma HQ escrita pela própria Amirpour foi lançada contando mais da história prévia da protagonista do longa. Em 2016, seu segundo filme, The Bad Batch, estreou no Festival Internacional de Cinema de Veneza e ganhou o prêmio especial do júri. Seu terceiro longa metragem foi Mona Lisa And The Blood Moon (2021). Ana também dirigiu episódios de séries como Castle Rock, The Twilight Zone e Guillermo Del Toro´s Cabinet Of Curiosities. Ana Lily Amirpour possui características bem marcantes em seus trabalhos. Suas obras são altamente estilizadas e misturam diferentes culturas e gêneros cinematográficos. Frequentemente suas protagonistas são femininas e os cenários desempenham um papel importante nas suas histórias. A música também é muito importante em seus trabalhos, com trilhas sonoras ecléticas que contribuem para seus enredos. Já os diálogos em seus filmes são escassos e ela atribui isso ao fato de ter uma deficiência auditiva de 30% de surdez. Ana Lily Amirpour tem uma carreira relativamente nova, mas muito promissora e, mesmo mesclando gêneros, sua contribuição para o horror é notável.
Comentários
Postar um comentário