Esse filme de 1935, Werewolf of London, foi a primeira produção feita em longa-metragem sobre a história de um lobisomem. Lembrando que o primeiro registro sobre esse tema no cinema foi um curta-metragem cujo título era The Werewolf (1913), que infelizmente foi dado como perdido, já que foi destruído em um incêndio da Universal Studios em 1924. Aqui em Werewolf of London, iniciamos a história com o renomado botânico Wilfred Glendon que segue em uma longa jornada pelas montanhas do Tibete, à procura de uma raríssima planta que se alimenta da luz da lua. Ao conseguir localizá-la, ele é atacado e mordido por uma criatura que o espreitava atrás de uma rocha e em seguida acaba desmaiando.
Essa era uma memória recente, e agora Glendon já se encontra de volta a Londres, trancafiado em seu laboratório, trabalhando com a rara planta que ele colheu, tentando estimulá-la através de um aparelho que simula a luz lunar. Ele vive tão obcecado pelo trabalho que acaba se afastando de sua esposa Lisa. Logo em seguida eles vão a uma festa, e Glendon é abordado pelo Dr. Yogami que se mostra interessado por sua pesquisa. O Dr. Yogami acaba revelando que essa planta funciona como antídoto para casos de licantrofobia, ou lobisomens, e ele ainda afirma que tem conhecimento de dois casos atuais na cidade. Glendon inicialmente não acredita, até que chega a lua cheia e sua vida vira de cabeça para baixo. Em paralelo a isso, Lisa recebe a visita de um amigo de infância, Paul Ames, na verdade seu primeiro amor. Talvez a companhia desse amigo se faça necessária, já que uma série de assassinatos começa a acontecer nas noites de lua cheia, e segundo a maldição do lobisomem, ele tende a matar a pessoa amada.
O filme tem alguns problemas de continuidade e até de interpretação, sendo o melhor trabalho, o do ator Warner Oland que faz o Dr. Yogami. Sobre os efeitos visuais, especificamente a primeira transformação de Glendon é um destaque pensando nos anos 30, já que ela acontece enquanto ele caminha, passando por colunas, gradativamente. Já as outras transformações seguem de maneira mais grosseira a tradicional sobreposição de imagens. Quem criou a maquiagem minimalista do lobisomem foi Jack Pierce, cuja concepção original era mais elaborada, porém enfrentou resistência do ator Henry Hull que por questões de vaidade não quis parecer irreconhecível. O maquiador Jack Pierce já era conhecido pelos efeitos visuais em Frankenstein (1931) com Boris Karloff, e mais tarde viria a ser o responsável também pela transformação de Lon Chaney Jr. em The Wolf Man (1941). Três filmes foram influenciados diretamente por Werewolf of London. São eles: An American Werewolf in London (1981), An American Werewolf in Paris (1997) e Wolf (1994). Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
Rotten Tomatoes: 🍅 77% Tomatometer / 🍿45% Audience Score
IMDb: 6,3
País: EUA
Direção: Stuart Walker
Roteiro: John Colton, Robert Harris
Produção: Stanley Bergerman
Elenco: Henry Hull, Warner Oland, Valerie Hobson, Lester Matthews, Lawrence Grant, Spring Byington, Clark Williams, J.M. Kerrigan, Charlotte Granville, Ethel Griffies, Zeffie Tilbury, Jeanne Bartlett, Reginald Barlow, Louis Vincenot
Distribuidora: Universal Pictures
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