FILME - Troll / O Troll Da Montanha (2022)


Os monstros de um modo geral fazem parte do nosso escopo, mas o terror ou qualquer indício de algo amedrontador passou longe aqui. É como se tivessem pego o roteiro de King Kong ou Godzilla e adaptado ao folclore da Noruega, mas sem aquela destruição e ação empolgante que valida o gênero. Não existe um aprofundamento nas relações humanas e a atuação geral é bem rasa. Dá a impressão que o diretor visualizou algo, mas que ficou bem longe em sua realização. 


A história nos apresenta um pai viúvo e sua filha, onde exploram a bela paisagem montanhosa da Noruega, a medida em que ele conta histórias e lendas a cerca de seres míticos. Os anos passam e a garota que agora já é adulta, chamada Nora, é uma arqueóloga bem conceituada e acaba de fazer mais uma descoberta importante. Paralelo a isso, em outro lugar, uma escavação em prol da construção de uma linha de trem, segue a todo vapor, até que a explosão controlada de dinamites, despertam algo adormecido nas profundezas da montanha. Sem saber exatamente do que se trata, um rastro de destruição é deixado em meio a paisagem rochosa da Noruega, e as forças armadas resolvem pedir a ajuda de Nora nas investigações. 



Daí para frente é uma história já comum, onde o Troll é descoberto, mas ninguém quer acreditar e Nora pede ajuda a seu pai, o grande conhecedor de lendas. A relação dos dois não é mais a mesma desde que Nora cresceu, e ela reluta em validar suas teorias sobre trolls. O pai é o personagem humano mais cativante, mas ainda perde para o troll, que é o que vale a pena. O perigo do filme como sempre não é o monstro, deixando isso a cargo do núcleo de patetas das forças armadas. O fator visual do monstrengo é o destaque desse filme de fantasia que falhou muito no drama, tanto no roteiro, quanto nas atuações que deixam muito a desejar.


O folclore norueguês poderia acrescentar muito aqui, se fosse melhor explorado. Tudo indica que terá uma continuação, mas parece mais um daqueles filmes da Netflix cheio de hype na propaganda, mas que no final não entrega. Ainda sim pode ser bem aproveitado pela garotada em uma sessão em família no final de semana. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO DEIXA POR SUA CONTA E RISCO!

Rotten Tomatoes: 🍅87% Tomatometer / 🍿50% Audience Score 
IMDb: 5,9

País: Noruega
Direção: Roar Uthaug
Roteiro:  Espen Aukan
Produção: Espen Horn, Kristian Strand Sinkerud, Jasmin Torbati
Elenco: Ine Marie Wilmann, Kim S. Falck-Jørgensen, Mads Sjøgård Pettersen, Gard B. Eidsvold, 
Distribuidora: Netflix

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