Esse filme baseia-se em um curta que chamou bastante a atenção, e ambos foram escritos e dirigidos por Parker Finn. Nessa história acompanhamos a psiquiatra Rose Cotter, completamente dedicada ao trabalho e seus pacientes, chegando a incomodar um pouco o seu superior por essa proatividade um pouco exacerbada. Rose atende mais horas do que precisa, solicita sem autorização o leito de pacientes mais carentes passando até por cima do seu coordenador.
Sua rotina vai mudar drasticamente com uma nova paciente recém chegada à clínica. Rose que já tinha terminado seu turno, imediatamente se dispõe a atender Laura, que foi detida por perturbação pública mas não tem nenhum histórico de doença mental, porém ela parece ser a única testemunha de um suicídio. Um homem que era seu professor, tirou a própria vida bem na sua frente. Depois de Rose conseguir acalmá-la, elas conversam e Laura relata que pode ver certas coisas que ninguém mais vê. De maneira desesperada, ela descreve o que parecem ser pessoas com um sorriso sinistro no rosto, a perseguindo.
Rose tenta convencê-la de que está segura, mas Laura insiste em dizer que está prestes a morrer, quando de repente ela cai para trás e começa a se contorcer no chão. Rose liga pedindo ajuda mas ao se virar, ela vê Laura parada em pé e sorrindo, para em seguida protagonizar um evento que vai lhe deixar traumatizada, fazendo com que antigas
lembranças sejam revividas, como a infância com sua mãe. A partir daí fica claro, o motivo de tanta dedicação ao trabalho somado a um sentimento de culpa. Não bastasse essa experiência toda, Rose vai começar a ver e ouvir coisas, enfrentando um verdadeiro pesadelo que não se distingue da realidade, colocando a sua própria sanidade à prova.
Talvez o que não gostemos nesse filme seja a explicação da mitologia estabelecida. Acreditamos que esse é um ótimo exemplo para o “menos é mais”. Seria muito melhor manter a ideia da ameaça se manter na penumbra, ou sem tentar explicá-la. Nada melhor do que o “terror subjetivo”, mas o diretor parece ter seguido um caminho já conhecido de outros que estabelecem uma corrente de eventos cujos ciclos não podem ser quebrados. Por isso preferimos o seu curta Laura Hasn't Slept ao filme, onde o terror acontece sem justificativa. Nem por isso o filme deve ser evitado. Pelo contrário, destacamos aqui a ótima atuação de Sosie Bacon que passa uma real e convincente sensação de desespero. A atriz Caitlin Stasey interpreta a personagem Laura tanto no filme, quanto no curta. A premissa é boa e talvez vejamos uma continuação no futuro. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
Rotten Tomatoes: 🍅79% Tomatometer /77% Audience Score
IMDb: 6,7
País: EUA
Direção: Parker Finn
Roteiro: Parker Finn
Produção: Marty Bowen, Wyck Godfrey, Isaac Klausner, Robert Salerno
Elenco: Sosie Bacon, Jessie Usher, Kyle Gallner, Robin Weigert, Caitlin Stasey, Kal Penn, Rob Morgan
Distribuidora: Paramount Pictures
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