Djalma é um ladrão que vai roubar um carro de luxo que está estacionado em uma rua de São Paulo. Ao entrar no veículo, ele retira o equipamento de som e urina nos bancos traseiros como que para demarcar seu roubo. Quando termina e tenta sair ele percebe que as portas não abrem e que ele está preso. O que era para ser apenas mais um furto, se torna um jogo de gato e rato, pois o dono do carro, traumatizado com tantos assaltos que sofreu na vida, preparou uma armadilha.
O filme nacional é uma refilmagem de um longa argentino e tem seus pontos positivos e negativos. Chay Suede, que vive o ladrão Djalma, entrega uma boa atuação, mesmo que por vezes exagerada, nos momentos em que vive a agonia de estar preso, com fome e sede, sem saber seu destino. Alexandre Nero é um médico que preparou a armadilha e passa boa parte do filme se comunicando por áudio. Ele também está bem em seu papel e representa uma crítica a uma parcela da população que acredita ter o direito de julgar e decidir o destino de alguém que não é visto como um cidadão de bem.
Outra crítica presente no filme é referente ao sensacionalismo jornalístico que muitos programas televisivos atuais possuem. Somos apresentados a duas realidades opostas, ambas com comportamentos condenáveis, mas quem é a verdadeira vítima? Essa é uma questão que o longa deixa para reflexão. O roteiro contém alguns furos, alguns diálogos são repletos de chavões e alguns momentos são bem previsíveis. Por vezes o filme é arrastado, falta um aprofundamento maior nos personagens e o final acaba sendo muito corrido. A ambientação é praticamente toda dentro do veículo e esse fator não é um problema. Sentimos que a ideia é boa, mas mal executada. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO DEIXA POR SUA CONTA E RISCO!
IMDb: 6,2
País: Brasil
Direção: João Wainer
Roteiro: Mariano Cohn, Gastón Duprat, João Cândido Zacharias
Produção: Camila Villas Boas
Elenco: Chay Suede, Alexandre Nero, Mariana Lima
Distribuidora: Walt Disney Studios
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