O filme conta a história de Cecilia Kass, uma mulher que tem um relacionamento extremamente abusivo com o renomado cientista especializado em estudos ópticos Adrian Griffin. Depois de inúmeras agressões físicas, verbais e psicológicas, ela foge e se esconde na casa de Jamies Lanier, um amigo policial que vive com sua filha adolescente. Após algumas semanas em que vive constantemente assustada, ela recebe uma carta de um advogado informando que Adrian morreu e que ele deixou uma herança a ela. Cecilia passa a se sentir mais tranquila e tudo parece ocorrer bem, porém alguns fenômenos estranhos começam a acontecer que fazem com que sua segurança e de todos a sua volta esteja ameaçada.
Com diversas adaptações da novela de ficção científica de H. G. Wells, O Homem Invisível é um dos clássicos monstros do horror. Nessa versão, a temática central está relacionada ao terror de vivenciar um relacionamento abusivo. Aqui, o monstro já existe muito antes de se tornar invisível. Por tratar de um tema tão sensível, o filme pode gerar inúmeros gatilhos para mulheres que vivenciam ou vivenciaram situações semelhantes. Acompanhar o medo, a paranóia, a insegurança, a dor, de Cecilia é angustiante.
E esse sentimento fica ainda mais aflorado quando seu discurso é invalidado e as pessoas acreditam que ela esteja ficando louca, pois somos levados a ser espectadores que participam em terceira pessoa da história e, em nenhum momento, temos dúvida de sua sanidade. O roteiro possui alguns furos, mas que são relevantes perto da complexidade da situação. Os atores estão bem em seus papéis e despertam em nós as emoções devidas: empatia, raiva. O destaque vai para a personagem principal, Elizabeth Moss que interpreta muito bem uma mulher vulnerável marcada por um grande trauma. Não há excesso de jumpscares e nem é preciso, a fotografia e a iluminação já contribuem para o clima tenso do longa juntamente com a ameaça invisível.
Aliás, a maneira que a invisibilidade é retratada é muito boa. As cenas em que Adrian ataca invisível são muito bem feitas. A trilha sonora é colocada de maneira diferente para cada um dos dois personagens principais, o que auxilia na composição de ambos. Há algumas reviravoltas que deixam o longa ainda mais interessante. O Homem Invisível é uma história clássica recontada com elementos atuais. Por esses motivos, SUSPIRO E ARREPIO RECOMENDA!
Rotten Tomatoes: 🍅92% Tomatometer /88% Audience Score
IMDb: 7,1
País: EUA, Austrália
Direção: Leigh Whannell
Roteiro: Leigh Whannell
Produção: Jason Blum, Kylie Du Fresne
Elenco: Elisabeth Moss, Oliver Jackson-Cohen, Aldis Hodge, Storm Reid, Harriet Dyer, Michael Dorman, Benedict Hardie, Amali Golden, Anthony Brandon Wong
Distribuidora: Universal Pictures
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